sábado, 29 de janeiro de 2011

Do bom e do melhor

DO BOM E DO MELHOR
(Leila Ferreira)

Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania,
mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta,
a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
� O bom, não basta.
� O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros
� pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes,
� porque, afinal, estamos com "o melhor".
� Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma
� questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas
� marcas surgem a todo instante.
� Novas possibilidades também. E o que era
� melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém
� do que podemos ter.
� O que acontece, quando só queremos o melhor, é que
� passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação
� permanente, num eterno desassossego.
� Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque
� estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada
� comercial na TV nos convence de que
merecemos ter mais do�� que temos.
� Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah,
� os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor,
� amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não
� relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o
� melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se
� contentar sempre com menos.

� Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente..

� Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com
� tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho,
� tenho que subir na empresa e assumir
� o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o
� melhor cargo da empresa?

� E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o
� espaço do meu quarto?
� O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou
� porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que
ser aposentado porque agora existe um
� melhor e dez vezes mais caro?

� O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo
� "melhor cabeleireiro"?
� Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem
� nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o
� "bom" que já temos.
� A casa que é pequena, mas nos acolhe.
� O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.
� A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
� O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais
� felizes do que os homens "perfeitos".
� As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas
� vai me dar a chance de estar perto de quem amo.
� O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das
� histórias que me constituem.
� O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente
� prazer. Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
� Ou será que isso já é o melhor e na busca do
� "melhor" a gente nem percebeu?
Leila Ferreira é uma
� jornalista mineira com mestrado em Letras e doutorado em
� Comunicação que, apesar de doutorada em Londres, optou por
� viver uma vidinha mais simples em Belo Horizonte....

____________
Comentários: o melhor de um pode ser diferente para outro, por isso o que importa é a Consciência, Simplicidade, respeito pelo outro, pois o outro é você, sou eu, somos nós! OU seja, o outro não existe!

Prof. Rogério T.
Saiba mais de Espiritualidade em www.eubiose.org.br
Viva seu melhor aqui tb: www.inspiracao.net/77290

Do bom e do melhor

DO BOM E DO MELHOR
(Leila Ferreira)

Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania,
mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta,
a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
� O bom, não basta.
� O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros
� pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes,
� porque, afinal, estamos com "o melhor".
� Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma
� questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas
� marcas surgem a todo instante.
� Novas possibilidades também. E o que era
� melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém
� do que podemos ter.
� O que acontece, quando só queremos o melhor, é que
� passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação
� permanente, num eterno desassossego.
� Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque
� estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada
� comercial na TV nos convence de que
merecemos ter mais do�� que temos.
� Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah,
� os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor,
� amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não
� relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o
� melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se
� contentar sempre com menos.

� Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente..

� Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com
� tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho,
� tenho que subir na empresa e assumir
� o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o
� melhor cargo da empresa?

� E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o
� espaço do meu quarto?
� O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou
� porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que
ser aposentado porque agora existe um
� melhor e dez vezes mais caro?

� O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo
� "melhor cabeleireiro"?
� Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem
� nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o
� "bom" que já temos.
� A casa que é pequena, mas nos acolhe.
� O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.
� A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
� O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais
� felizes do que os homens "perfeitos".
� As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas
� vai me dar a chance de estar perto de quem amo.
� O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das
� histórias que me constituem.
� O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente
� prazer. Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
� Ou será que isso já é o melhor e na busca do
� "melhor" a gente nem percebeu?
Leila Ferreira é uma
� jornalista mineira com mestrado em Letras e doutorado em
� Comunicação que, apesar de doutorada em Londres, optou por
� viver uma vidinha mais simples em Belo Horizonte....

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Comentários: o melhor de um pode ser diferente para outro, por isso o que importa é a Consciência, Simplicidade, respeito pelo outro, pois o outro é você, sou eu, somos nós! OU seja, o outro não existe!

Prof. Rogério T.
Saiba mais de Espiritualidade em www.eubiose.org.br
Viva seu melhor aqui tb: www.inspiracao.net/77290
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